Bíblia em Flor Manual do Contador de Histórias

This is the Portuguese edition of the Bible Blossom Storyteller's Handbook

PORTUGUESE

B í b l i a e m F l o r Ma n ua l d o C o n ta d o r d e H i s t ó r i a s

Bíblia em Flor Manual do Contador de Histórias: Desdobramentos da história de Deus

© 2024. The Urban Ministry Institute. Todos os direitos reservados. É proibida a cópia, redistribuição e venda desse material, ou qualquer uso não autorizado, exceto o uso expressamente autorizado pela lei dos direitos autorais, de 1976, ou por escrito pela editora. A requisição de uso deve ser encaminhada por escrito para o endereço:

The Urban Ministry Institute 3701 East 13th Street North Suite 100 Wichita, KS 67208

ISBN: 978-1-62932-075-5

Publicado por TUMI Press Uma divisão de World Impact, Inc.

The Urban Ministry Institute é um ministério de World Impact, Inc.

Todas as citações das Escrituras, salvo quando sinalizadas, são da Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional.

Traduzido por Raphaela Sawyer e Samuel Sawyer

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Manual do Contador de Histórias Desdobramentos da História de Deus

escrito por Rev. Ryan Carter e Rev. Dr. Don L. Davis

com ilustrações de Tim Ladwig

TUMI Press • 3701 East 13th Street North, Suite 100 • Wichita, Kansas 67208

Sumário

Agradecimentos e Dedicatória

11

Contando Histórias: UmManual A Bíblia em Flor sobre contação de histórias

13

P rólogo : D o P rincípio à P lenitude dos tempos

Criação e Queda 0.

Na Eternidade

32 34

1.

Criação

2. Adão e Eva no Jardim . . . . . . . . . . . . . 36 3. A Serpente no Jardim 38 4. O Protoevangelho (“O Evangelho contado pela primeira vez”) 40 5. A Queda 42 6. Caim e Abel 46 7. O Dilúvio 48 8. Babel 52 A Promessa e os Patriarcas 9. O Chamado de Abrão 52 10. Melquisedeque 54 11. Sodoma e Gomorra 56 12. Deus testa Abraão 58 13. José 60 Libertação do Egito 14. O Nascimento de Moisés 64 15. As Pragas do Egito 66 16. A Páscoa 68 17. O Mar Vermelho 70 18. O Tabernáculo 72

6 • S umá r i o

Do Egito a Canaã 19.

Os doze espias

76 78 80

20. 21. 22.

Peregrinações no deserto

Atravessando o Jordão

Conquistando Canaã

82

A Terra Prometida 23. Gideão

86 88

24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.

Sansão

Saul

90

Rasgando as vestes de Samuel

92 94 96 98 100

Davi é Ungido

Davi e Golias

Salomão

O Templo de Salomão

O Exílio 31.

Elias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 32. Eliseu 106 33. Jonas 108 34. O Cativeiro 110 35. O Vale dos Ossos Secos 112 36. Não nos Prostraremos 114 37. Daniel 116 O Remanescente de Israel 38. Reconstruindo o Templo 120 39. Reconstruindo os Muros 122 40. Rainha Ester 124 41. A Promessa Profética 126

S umá r i o • 7

A H istória de D eus em J esus : A P lenitude dos T empos

Advento: A Vinda de Cristo 42. A Anunciação

132

43. 44.

A Visita

134

O Ministério de João Batista

136

Natal: O Nascimento de Cristo 45. A Jornada para Belém

140

46. 47. 48.

O Nascimento de Jesus

142

O Anúncio do Nascimento de Cristo aos Pastores

144

A Apresentação do Senhor no Templo

146

Epifania: A Manifestação de Cristo 49. A Adoração dos Reis Magos

150 152 154 156 160 162 164 166 168 158

50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60.

O Batismo do Senhor

A Tentação do Nosso Senhor

O Chamado dos Discípulos

Alimentando os Cinco Mil

O Geraseno Endemoninhado

A Filha de Jairo

A Mulher do Fluxo de Sangue

A Parábola do Semeador e os Solos

O Grão de Mostarda

Jesus Anda Sobre as Águas

170

A Transfiguração

172

8 • S umá r i o

Quaresma: A Humildade de Cristo 61. A Grande Confissão

176 178 180

62. 63. 64. 65. 66.

O Bom Samaritano

A Ovelha Perdida

O Filho Pródigo

182

Zaqueu

184

Jesus viaja a Jerusalém

186

Semana Santa: A Paixão de Cristo 67. A Entrada Triunfal

190

68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76.

A Última Ceia

192

Jesus Lava os Pés dos Discípulos

194

A Paixão: Oração no Jardim

196

Traição no Jardim

198

O Julgamento diante de Pilatos

200

A Crucificação: Jesus carrega sua Cruz

202

A Crucificação: Jesus e os dois ladrões

204 206 208

A Crucificação: Os espectadores

O sepultamento de Jesus

Tempo da Páscoa: A Ressurreição de Cristo 77. Os guardas no sepulcro

212 214 216 218 220

78. 79. 80. 81.

Os guardas no sepulcro: Parte 2

As mulheres no sepulcro

Jesus aparece à Maria

Jesus aparece aos discípulos

Tempo da Páscoa: A Ascensão de Cristo 82. A Grande Comissão

224

83.

A Ascensão de Cristo

226

S umá r i o • 9

Pentecostes: a Vinda do Espírito Santo 84. A Vinda do Espírito Santo

230

85. 232 Tempo Comum: Os Últimos Tempos - A História Continua Hoje 86. Paulo, Embaixador em cadeias 236 87. Salvação para o Mundo 238 88. A Comunhão dos Santos na História da Igreja 240 89. A Volta de Cristo 244 90. Os Novos Céus e a Nova Terra 246 As viagens missionárias de Paulo

Agradecimentos e Dedicatória Um trabalho tão sofisticado e complexo quanto Bíblia em Flor: Desdobramentos da História de Deus exigiu contribuições de inúmeras pessoas e colaboradores. Tim Ladwig atuou como nosso ilustrador gráfico, cujos desenhos e ilustrações incríveis fornecem forma primária à nossa narrativa nesta obra. Carolyn Hennings, nossa designer de currículo, juntou os textos, imagens e gráficos da obra. Seu olhar para beleza e design são a fonte da estrutura desse guia e de sua apresentação rica e clara. A expertise teológica e bíblica do Rev. Ryan Carter delineou grande parte do conteúdo tanto do Livro Ilustrado quanto do Manual do Contador de Histórias. Lorna Rasmussen, nossa Diretora de Projetos Principais, nos manteve na linha, dentro do orçamento e alegremente persistentes nesse esforço de anos. Com muita alegria dedicamos essa obra ao Rev. Terry Cornett, antigo chefe de Estudos Missionários da World Impact, e diretor emérito do The Urban Ministry Institute. Terry e Julie serviram fielmente como missionários na World Impact por 25 anos, dos quais dez anos, Terry serviu como Diretor Acadêmico e Julie como a Bibliotecária da TUMI. No verão de 2010, ele e eu começamos discussões muito sérias sobre a necessidade e

Estágios iniciais de

desenvolvimento do Bíblia em Flor

12 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

estrutura de um recurso como esse – incontáveis horas de debate e reflexão produziram esboços claros e convincentes de como deveríamos projetar tanto o Livro Ilustrado quanto o Manual do Contador de Histórias. A clareza teológica de Terry, sua profundidade espiritual, brilhantes ensinamentos e sua experiência em missões estão entrelaçadas por todo esse material. Sendo um talentoso Contador da História das histórias, é apenas apropriado reconhecer sua contribuição para esta ferramenta notável para teologia, adoração, formação espiritual e testemunho. Nossa oração sincera é que o principal contador da história de Deus, o Espírito Santo, use este recurso para atrair pessoas de todas as idades e origens ao herói e o principal protagonista, o Senhor Jesus Cristo. Nós, do Instituto (The Urban Ministry Institute), amamos a história de Deus e moldamos nossas vidas inteiras ao redor dela. Jesus de Nazaré é aquele pelo qual a história está sendo contada, e quem completará o verdadeiro significado dela no seu retorno pelo seu povo. Que todos aqueles que usarem este guia aprendam a contar essa maravilhosa história, ajudando aqueles que ouvem seus episódios a conhecerem aquele que se juntou à história para garantir nossa salvação e esperança. Rev. Dr. Don L. Davis Wichita, Kansas 14 de junho de 2019

Contando Histórias: Uma Cartilha Bíblia em Flor de Contação de Histórias

Introdução

No TUMI, temos nos dedicado a todo nosso currículo e treinamento para levantar uma geração de contadores de histórias e participantes da história que possam pregar, ensinar, cantar e incorporar a História com poder diante de membros da família, vizinhos, colegas de trabalho e estranhos. Toda nossa iniciativa em Raízes Sagradas é ajudar moradores urbanos a aprender e serem transformados pela simples história do amor de Deus, a história de um Senhor cuidadoso e soberano que se tornou um de nós, que assumiu nossa natureza e entrou na nossa história humana para redimir a criação e um povo para ele mesmo. Essa história impressionante, maravilhosa e verdadeira pode trazer avivamento para nossas igrejas fracas e em lutas. Se nos apegarmos à história como ela é contada na Bíblia, resumida nos Credos e incorporadas na Grande Tradição, nós multiplicaremos discípulos. Veja, a história é verdadeira, poderosa e nossa. Nenhuma comunhão ou tradição a possui; ela pertence à Igreja inteira e transformará todos os que estiverem dispostos a se entregar à sua maravilha e glória. Na história do reino, como em toda grande história, você simplesmente não consegue saber quem você encontrou ou o que está acontecendo de verdade. As coisas são mais do que elas parecem ser. O Messias que morreram volta à vida, e discípulos mansos acabam herdando a terra. Você consegue ver isso? Na história de Deus, os fracos envergonham os fortes, e os pobres são ricos em fé e herdeiros do Reino. Na história de Deus, os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros. Na história de Deus, ser grande no Reino é ser servo de todos. Tudo está de cabeça para baixo, de ponta-cabeça, ao contrário. Para ter sucesso no Reino, você precisa estar preparado para ver as coisas de uma nova maneira, para deixar que a História mude a forma como você vê e entende tudo.

13

14 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

A história é o cerne da revelação de Deus. A História do Êxodo

Por que a História Importa

1. Primeiro, atos de Deus na história para salvar seu povo. • O Senhor chama Moisés para os israelitas escravizados (Ex. 3). • Ele envia pragas contra o Egito e Faraó (Ex. 4–11). • Seu povo mata um cordeiro na primeira Páscoa, quando todos os primogênitos do Egito morrem (Ex. 12–13). • Israel sai do Egito (Ex. 13). • O Senhor divide o Mar Vermelho e eles atravessam em terra seca (Ex. 14). • O Senhor destrói seus inimigos quando eles tentam persegui-los (Ex. 14–15). 2. Ao fazer essas coisas, ele ordena aos israelitas que recontem e reencenem estes eventos para as futuras gerações (Ex. 12:14–26, 26–27, 13:3–16). 3. Através da Lei, o Senhor dá o ano judaico como um ciclo para recontar e reencenar a história do Êxodo (bem como coordenar com o ciclo de colheita). [Veja página seguinte.] • Páscoa e Festa dos Pães Asmos – O Êxodo • Festa das Primícias – A Entrega da Lei no Sinai • Festa dos Tabernáculos – A Jornada no Deserto 4. A história do Êxodo é o ponto crucial de se revelar e formar para si um povo. [Veja página seguinte.] 5. Por fim, os ‘Poderosos Atos Salvíficos de Deus’ se resumem em sua obra em Jesus de Nazaré. A história de Cristo e seu reino, o evangelho, é o cerne de toda a revelação de Deus. 6. Baseado no ano judeu, cristãos desenvolveram o Ano Litúrgico como um ciclo para recontar e reencenar a história do evangelho.

C ontando H istórias : U ma C artilha B íblia em F lor de C ontação de H istórias • 15

Círculo do Calendário Judaico Robert Webber, The Biblical foundations of Christian Worship. Peabody :

14-21: Páscoa (Pesah) Festa dos Pães Asmos (Hag Hammassot) Ex. 12:3-20; Lv. 23:6; Dt. 16.1-8

14: Purim Esther 9

13: Jejum de Ester

Adar

Nisan

Shebat

Iyyar

6 Pentecostes: Festa das Semanas, Dia das Primícias, Festa da Colheita (Hag Shavuot) Ex. 23:16; 34:22; Nm. 28:26; Lv. 23:16

Março

Fevereiro

Hendrickson, 1993. p. 191

Abril

Janeiro

Tebeth

Sivan

Maio

Dezembro

Junho

Julho

Chislev

Tammuz

Setembro

Agosto

Novembro

Outubro

Marchesvan

Ab

Tishri

Elul

15-21: Festa dos Tabernáculos Festa das Cabanas (Hag Hassukkot)

Lv. 23:34; Nm. 29:12-38; Ex. 23:16; 34:22; Dt. 16:13

1: Festa das Trombetas (Rosh Hashshanah) Nm. 29:1; Lv. 23:24

10: Dia da Expiação (Yom Kippur) Lv. 23:26-31; Ex. 30:10

História: O Cerne da Revelação Rev. Ryan Carter

Tradição e Ritual Profecia e Apocalipse

Poesia e Música Novas Histórias e Heróis

Poderosos Atos Salvíficos de Deus

Recontando e Reencenando a História

Formação e Reformação da Visão de Mundo

A História

Linguagem e Símbolos

Teologia e Interpretação Ética e Sabedoria Arte e Beleza Perspectiva e Valores

A Narrativa Canônica

Autoritativa dos Poderosos Atos Salvíficos de Deus

16 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

7. Em linhas gerais, seguimos a vida e o ministério de Jesus e trilhamos seus passos ano após ano.

O Enredo do Ano Litúrgico Rev. Ryan Carter

Ponto de Virada Mateus 16:13-28 Marcos 8:27-38 Lucas 9:18-27 (51)

Pentecostes

Quaresma

Ascensão

Epifania

Advento Natal

Semana Santa Páscoa

Tempo Comum

• Nós lembramos da promessa e esperança do Messias através das eras passadas (Advento). • Nós celebramos a chegada do Messias, nascido de uma virgem, colocado em uma manjedoura em Belém (Natal). • Nós andamos com Jesus de Nazaré enquanto ele ensina e mostra ao mundo que o reino de Deus está próximo (Epifania). • Nós seguimos a Jesus, o servo sofredor de Deus, que humildemente dá sua vida em resgate de muitos (Quaresma). • Nós participamos do sofrimento e morte de Cristo para que possamos ressuscitar para uma nova vida nele (Semana Santa). • Nós exultamos de alegria porque Jesus ressurgiu dos mortos; Cristo é o vencedor sobre o pecado, a morte e Satanás! (Páscoa). • Nós relembramos a ascensão de Jesus à direita do Pai e o envio do Espírito Santo para encher e dar poder à igreja (Ascensão e Pentecostes). • Nestes últimos dias, a igreja cheia do Espírito se submete à liderança de Cristo, nosso Senhor, trabalha para a colheita de Cristo, nosso Salvador, e prepara o caminho para a segunda vinda de Cristo, nosso Rei (Tempo Comum).

C ontando H istórias : U ma C artilha B íblia em F lor de C ontação de H istórias • 17

8. Ano após ano, a igreja molda nossa vida junto à história de Jesus na esperança de que juntos nós seremos conformados à sua imagem. O ciclo para contar e imaginar estas histórias expande e enriquece a igreja a cada ano.

Seguindo a Vida de Cristo Durante Todo o Ano Rev. Dr. Don L. Davis

Sua Manifestação Seu Nascimento

Sua Vinda

Seu Ministério,

N I A Q

E P I F A

U A R

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N A T

A

S E

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Sofrimento e Morte

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Ano A

V E N

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Sua Ressurreição

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C O

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PÁSCOA

Ano C

Sua Ascensão

P É R I O

D E D U

Sua Liderança, Colheita e Esperança

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A Vinda do Espírito Santo

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Ano B

Ano A

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P Á S

Ano C

O M U M

T E M P O C

Ano B

9. ICED: Um acróstico para entender como as histórias formam e reformam a visão de mundo. • I dentidade: nossas histórias fornecem entendimento sobre nós mesmos e nossos mundos pessoais • C osmologia: nossas histórias nos permitem dar sentido às nossas vidas, e ao nosso lugar no universo, respondendo a grandes perguntas (ou seja, de onde viemos, por que estamos aqui, para onde vamos, o que é o mais importante etc.) • E scala de avaliação: nossas histórias se tornam a escala com a qual medimos a veracidade, retidão e bondade de outras visões e histórias concorrentes • D estino: nossas histórias nos dão o senso do propósito geral da vida, e falam às grandes questões que os seres humanos têm perguntado e respondido desde o início

18 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

(por exemplo, para onde vou quando eu morrer, qual é o propósito final da vida, quais são minhas preocupações mais profundas, como eu resolvo os problemas críticos da minha vida etc.) Toda história tem uma forma particular e possui um número de elementos que tornam possível experimentar a verdade da história, seja ela histórica ou imaginária, de uma maneira poderosa, desafiadora e envolvente.

Como Entender as Histórias

A Bússola dos Elementos Narrativos: Traçando um Curso emDireção ao Significado de uma História Rev. Dr. Don L. Davis

1 Cenário

Ponto de Vista

Conflitos

Suspense Narrativo

Destaques e Primeiro Plano

Significado: Realidade, Moralidade e Valor

4 Tema

2 Personagens

Contrastes, Ironia e Justiça

Testes e Escolhas

Unidade da História

3 Enredo

Progresso e Crescimento

Os Quatros Principais Pontos Norteadores

1. O cenário da história • Lugar: onde geograficamente a história acontece? • Arredores físicos: quais são os detalhes físicos? • Cenário temporal (tempo): quais são os elementos temporais da história?

C ontando H istórias : U ma C artilha B íblia em F lor de C ontação de H istórias • 19

• Arredores histórico-culturais: que detalhes da história ou cultura estão presentes? 2. Os personagens da história • Quem são os personagens principais da história? O “herói” o “vilão”? • Observe a ordem precisa e os detalhes das ações, conversas e eventos dos personagens. • Como os personagens são apresentados a nós? – Descrições diretas – Caracterização indireta – Aparência – Palavras e conversas – Pensamentos e atitudes – Influência e efeitos – Ações e caráter • Como os personagens são testados e quais escolhas eles fazem? • Como os personagens crescem ou regridem (ascensão e declínio) na história? 3. O enredo da história • Observe a ordem exata dos detalhes dos eventos e ações. • Observe também como a história começa, se desenvolve e termina. • Faça e responda perguntas sobre o enredo real. • Por que os eventos aconteceram como aconteceram? • Por que os personagens responderam da forma que responderam? • Eles poderiam ter feito as coisas de forma diferente?

20 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

• Cinco elementos do enredo – Introdução – Como a história começa – Ação Crescente – Complicações, conflitos, problemas, questões, ameaças – Clímax – Ápice e ponto de virada da ação – Ação Descendente – (Desfecho) Como a história se resolve – Resolução – Como a história termina 4. O Tema da história • Quais princípios e verdades fundamentais podem ser retirados dessa história? • Qual é o comentário sobre a vida retratado nesta história? – Qual é a visão da história sobre realidade (como é o mundo, e qual é o nosso papel nele?) – Qual é a visão da história sobre moralidade (o que constitui o bem e o mal na história?) – Qual é a visão da história sobre valor e significado (qual é a preocupação e importância principal na história?) • Como as verdades da história se cruzam com desafios, oportunidades, ameaças, e questões das nossas vidas? Os Oito Pontos Norteadores Menores 1. Quais conflitos existem dentro história? • Quais são os conflitos centrais com Deus? • Quais são os conflitos centrais com os outros? • Quais são os conflitos centrais dentro dos próprios personagens? • Quais são os conflitos centrais entre o personagem e sua situação?

C ontando H istórias : U ma C artilha B íblia em F lor de C ontação de H istórias • 21

2. Quais são os aspectos do suspense narrativo revelados na história? • Quais influências nos fazem simpatizar com os personagens? • O que produz repugnância e aversão entre nós e os personagens? • Como somos levados a aprovar o que os personagens fizeram? • Quais eventos ou acontecimentos nos levam a desaprovar os personagens? 3. Como os personagens são testados e que escolhas eles fazem? • Qual é o dilema/problema/conflito que o protagonista procura superar? • Qual qualidade do personagem está sendo testada no protagonista? • Quais escolhas de vida alternativas estão abertas para os personagens na história? • Quais decisões os personagens tomam e qual é o resultado de suas decisões? 4. Como a história se unifica em suas várias partes? • Como a organização da história contribui para sua unidade? • Qual é a sequência de eventos nessa história? (Início, Meio e Fim) • De que forma o fim da história resolve as questões levantadas no início? 5. Como os personagens progridem e crescem (ou regridem e caem) na história? • Onde os personagens começam na história? • Como as experiências do personagem afetam seu desenvolvimento?

22 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

• Onde os personagens acabam eventualmente como resultado de suas experiências e das escolhas que fizeram ao passarem por elas? 6. Quais personagens contrastantes, ironia dramática e justiça poética são usadas na história? • Personagens contrastantes: quais personagens são colocados um contra o outro como inimigos na história? • Ironia dramática: quando o leitor é informado das situações e realidades das que os próprios personagens não estão cientes? 7. Quais itens são repetidos, destacados e enfatizados na história? • Repetição: quais frases, itens, temas, questões ou ações são repetidas? • Destaque: quais aspectos nos personagens e eventos são enfatizadas sobre outros aspectos? • Ênfase: quais eventos são destacadas no “centro do palco” no fluxo da história? 8. Qual é o ponto de vista do autor? • Observe os comentários do autor sobre os personagens e eventos. – Atitude (positiva, negativa ou neutra) – Julgamento (negativo ou afirmativo) – Conclusão (resumida, ausente, conclusão?) • Considere em qual voz está sendo escrita a história: – O narrador onisciente (o Espírito Santo)

– O narrador em primeira pessoa – O narrador em terceira pessoa

C ontando H istórias : U ma C artilha B íblia em F lor de C ontação de H istórias • 23

A Arte e Habilidades de Contar Histórias

A história de Jesus sobre o bom samaritano (Lucas 10:25–37) é uma das histórias mais duradouras já contadas e ilustra bem a arte e habilidades de contar histórias.

Os I’s do Contar de Histórias da Palavra de Deus

Invoque sua audiência para entrar com você no mundo da história.

• Ao contar histórias bíblicas devemos achar uma forma de invocar nossa audiência para o mundo da história como convidados enquanto os levamos a um tour em outro mundo e outro tempo. • Como líderes do tour, devemos chamar a atenção daqueles que agora são os convidados do mundo no qual estamos prestes a entrar. • Apresentar um assunto pertinente que está relacionado à história (Lucas 10:25-30). – Um tema em discussão (Lucas 10:25) – Uma questão de interesse ou intriga (Lucas 10:26, 29) – Um conflito ou situação difícil (Lucas 10:25–29) – Tire da experiência do ouvinte, um pedaço de vida para tratar (Lucas 10:30).

24 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

Ilustrar o enredo e detalhes da história (Lucas 10:31–35). • Domine a história através de múltiplas leituras e longas meditações. – Domine o cenário da história. – Conheça os personagens da história. – Domine o enredo (história e linha do tempo). – Descubra o tema da história. • Conte a história várias vezes informalmente antes de contá-la formalmente em um estudo, aconselhamento ou pregação: caminhe pelo evento antes de você fazer um tour sobre ele. • Domine os elementos da língua oral como um meio primário da narrativa. – Breve descrições, frases compactas curtas – Linguagem vívida e pitoresca – Uso de linguagem comum do dia a dia – Uso abundante de verbos fortes, modo ativo (não passivo a menos que seja deliberado) – Concentre a atenção nas imagens críticas – Use o mínimo de explicações. – Use sua linguagem corporal para enfatizar e focar. – Module volume e tom de voz. – Expressões faciais, gestos, postura, movimentos dos olhos

– Orientação e espaço – Pausas e transições

Identidades e Identificações dos personagens (Lucas 10:31–35) • Criando identidades: faça as figuras principais na história ganharem vida diante da sua audiência. – Descreva o personagem para que sua audiência o conheça:

C ontando H istórias : U ma C artilha B íblia em F lor de C ontação de H istórias • 25

• Com palavras: mencione os traços, se o enredo depende disso • Pelo que dizem e como dizem • Através de suas intenções e ações

– Compare os vários personagens uns com os outros. – Mostre como seu personagem permanece fiel ao seu caráter ou altera seu comportamento dependendo do ambiente, teste e local. – Dê corpo ao interior do personagem. – Use seu nome frequentemente. – Faça-os falar. – Aja e fale como ele agiria e falaria. – Deixe alguma coisa para a imaginação do seu público. • Criando identificações: leve sua audiência a responder às figuras e seus traços. – Com quem você simpatiza? – Com quem você ressoa? – Que personagens você acha desagradável ou revoltante? – Quem você admira? Introspecção da história (Lucas 10:36) • Descubra a coisa mais importante na história (Ensino, ideia, tema etc.). • Explore as consequências (resultados ou implicações). • Faça a pergunta de introspecção: qual é, acima de tudo, aquilo que esta audiência precisa saber à respeito daquilo que esta história representa e revela? Iluminações da história (Lucas 10:36) • O que você vê agora que não via antes de ter ouvido a história?

26 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

• Como você vê diferentemente o que sempre esteve presente? • A pergunta de iluminação: o que é, acima de tudo, Aquilo que esta história me pede para mudar em termos da minha perspectiva sobre Deus, da vida, dos outros, de mimmesmo ou de meu mundo? • Mudança no ponto de vista ou no “tom de voz”: não mais um Contador de histórias, mas “Assim diz o Senhor” • A Palavra de Deus: que ela preencha cada lacuna com clareza e direção, após a narrativa divina. Interseções, Implicações, e re-Invocação da audiência para abraçar a introspecção e a iluminação da história (Lucas 10:37) • Faça interseções entre o mundo de hoje e o mundo da história. – Como o mundo da história ilumina nosso mundo hoje? – Onde exatamente eles tendem a se conectar? – Explore implicações para o mundo no qual sua audiência vive. • Como os personagens e significados se integram na situação específica de vida deles? – Como o mundo da história e seus assuntos são como os nossos próprios? – Invoque sua audiência a abraçar a introspecção e iluminação da história durante essa jornada. Você consegue sentir a alegria dessa maravilhosa história da graça e amor de Deus? Em um mundo louco por poder, luxúria e ambição, o Espírito Santo chama a igreja para ser fiel à revelação bíblica de Deus em Jesus de Nazaré. Essa mesma história clara e simples da graciosa maravilha de Deus está registrada na Bíblia, resumida nos credos e transmitida fielmente ao longo dos séculos pela Igreja.

Conclusão

C ontando H istórias : U ma C artilha B íblia em F lor de C ontação de H istórias • 27

Apesar das questões e desafios que enfrentamos hoje nesse mundo, a História continua a levar os perdidos para suas Boas Novas. Esta grande história de Jesus de Nazaré, o campeão e herói da história, é tão estimulante hoje como quando os discípulos a contaram após a ressurreição. Nada mudou na História. O Deus que a gerou ainda nos ama, o Salvador que nos redimiu por sua morte ainda pode salvar. O Espírito que caiu primeiro na presença dos discípulos ainda pode nos dar poder hoje. O que, então, precisamos fazer? A resposta é clara. Nós apenas precisamos ouvir a história de novo, para sentir sua veracidade e poder mais uma vez, para recuperar a mesma mensagem verdadeira que o consenso da antiga Igreja elaborou. A grande tradição da Ortodoxia, Catolicismo, Anglicanismo e a Reforma Protestante a defendeu, artistas a desenharam, músicos a cantaram e missionários a levaram. Tudo o que precisamos fazer é redescobri-la e abraçá la uma vez mais. Que peçamos a Deus que nos dê coragem para reabraçar esta Narrativa das narrativas, este grande conto do amor em igual de Deus. No fim das contas, é uma história simples afinal. Pode ser compreendida através do testemunho das escrituras da criação e vista nos grandes atos de Deus ao longo da história de Israel. Este grande conto chega ao seu ponto alto na encarnação, morte e ressurreição de Jesus. Agora, pela fé, você também pode entrar na história. Se você olhar ao redor, não deixará de ver muitas narrativas estranhas e fantasiosas competindo e buscando nossa lealdade. Jihad religiosa, ideologias políticas e filosofias estranhas tentam explicar o sentido do universo – de onde viemos e para onde estamos indo. Entretanto, para nós que acreditamos e seguimos ao Jesus de Nazaré, precisamos apenas nos apegar à história bíblica. Esta história dos atos de Deus em Cristo por nós é a narração do universo inteiro. Em sua recontagem, encenação e incorporação, a verdade sobre todas as coisas se torna clara. Todas as grandes questões da vida podem ser entendidas através da narrativa dos atos inspirados por Deus na história.

28 • B í b l i a em F lo r M anua l do C on tado r d e H i s tó r i a s

Toda vez que vamos à igreja, ao estudo bíblico ou à reunião de oração, temos uma oportunidade para ensaiar a verdade sobre a história de Deus e sobre sua salvação em Jesus. Veja, se somos a continuação da história, somos o povo que vive a história na nossa confissão, nas nossas músicas e adoração, em nosso discipulado, e em nosso testemunho sobre Jesus. Ele é mais do que uma história, ele é nossa vida e esperança.

Prólogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Do Princípio à Plenitude dos tempos

Criação e Queda A Promessa e os Patriarcas Libertação do Egito Do Egito a Canaã A Terra Prometida O Exílio O Remanescente de Israel

Criação e Queda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

32 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

Na Eternidade 1 Pedro 1:18-21

0

Versículo Chave

2 Timóteo 1:8-10 Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho

Na eternidade, Deus determinou que enviaria seu Filho para salvar um povo da morte

C r i aç ão e Q u e da • 33

Tema

Antes da criação, o Senhor determinou que enviaria seu Filho para atrair um povo para si mesmo.

Na Eternidade

Cenário

O eterno Deus triúno

Personagens Principais Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. De eternidade a eternidade o Senhor é Deus. 2. O Deus tríuno, Pai, Filho e Espírito Santo, não tem início ou fim.

Clímax 3. Antes da fundação do mundo, Deus determinou que enviaria seu Filho para atrair um povo para si mesmo.

Ação Descendente e Resolução 4. Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus foi revelado para nós e para nossa salvação.

34 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

Criação Gênesis 1-2

1

Versículo Chave

Gênesis 1:26 Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”

No princípio, Deus criou os céus e a terra

C r i aç ão e Q u e da • 35

Tema

O Senhor é Rei sobre toda sua criação, e dá ao homem domínio sobre toda a Terra.

Cenário

Os céus e a terra

• Yahweh - o Deus Eterno, o Senhor • O primeiro casal de humanos

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. No princípio…

2. Pela sua palavra, Deus traz à existência os céus e a terra. 3. Nos três primeiros dias, o Senhor forma os céus e a terra, fazendo o céu, o mar e a terra seca. 4. Nos próximos três dias, o Senhor preenche o vazio dos céus e da terra com corpos celestiais, e criaturas de todos os tipos.

Clímax 5. No sexto dia, o Senhor cria seres humanos à imagem de Deus, para reinar e cuidar da terra.

Ação Descendente e Resolução 6. Deus descansa no sétimo dia, após terminar seu trabalho, e tudo era muito bom.

36 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

Adão e Eva no Jardim Gênesis 2:4-25

2

Versículo Chave

Gênesis 2:7 Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente

O primeiro casal de humanos no Jardim do Éden

Cristo anunciado (ver nota na página 41) A Anunciação, p. 132

C r i aç ão e Q u e da • 37

Tema

O Senhor, o Criador, é quem dá a vida e governa tudo o que vive.

Cenário

O Jardim do Éden

• O Senhor • O homem • A mulher

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. O Senhor forma o homem do pó da terra e o coloca no Jardim do Éden 2. O Senhor proíbe o homem de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. 3. O Senhor diz que não é bom que o homem esteja sozinho. 4. Deus traz os animais em pares e o homem dá nome a eles. Clímax 5. Não há quem corresponda ao homem, então Deus o faz cair em sono profundo. 6. Ele cria a mulher da costela do homem, como uma companheira adequada para ele.

Ação Descendente e Resolução 7. Os dois seres humanos vivem no Jardim do Éden, trabalhando e cuidando dele. 8. Eles são proibidos apenas de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.

38 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

A Serpente no Jardim Gênesis 3:1-7

3

Versículo Chave

Gênesis 3:6 Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também

A serpente tenta a mulher

Cristo anunciado (ver nota na página 41) A Tentação do Nosso Senhor , p. 154

C r i aç ão e Q u e da • 39

Tema

Os primeiros seres humanos se juntam à rebelião da serpente, Satanás, contra o reinado de Deus.

Cenário

O Jardim do Éden

• A serpente - Satanás, o inimigo de Deus • A mulher • O homem

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. A serpente é o inimigo ardiloso de Deus, Satanás. 2. A serpente tenta a mulher com o fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Clímax 3. Em desobediência a Deus, a mulher e o homem dão ouvidos à serpente e comem.

Ação Descendente e Resolução 4. Seus olhos se abrem e eles percebem que estão nus. 5. Eles se cobrem com roupas feitas de folhas de figueira.

40 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

O Protoevangelho (“O Evangelho contado pela primeira vez”) Gênesis 3:8-21

4

Versículo Chave

Gênesis 3:15 “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”

O Senhor julgará o pecado e a rebelião contra seu Reino, mas Ele promete enviar um salvador que destruirá o diabo e livrar a humanidade do pecado e da morte.

Tema

Deus promete um salvador

Cristo anunciado (ver nota na página seguinte) O Retorno de Cristo , p. 244

C r i aç ão e Q u e da • 41

Cenário

O Jardim do Éden

• O Senhor • A serpente • A mulher • O homem

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. Depois da desobediência do primeiro casal de humanos, eles se escondem de Deus com temor e vergonha. 2. Quando o Senhor vem para encontrá-los, Ele descobre que eles haviam comido do fruto proibido. Clímax 3. O Senhor amaldiçoa a serpente, a mulher e o homem. 4. Dentro da sua maldição sob a serpente, o Senhor dá sua primeira promessa de redenção: a semente da mulher viria ferir a cabeça da serpente, mas a serpente iria ferir seu calcanhar. 5. A promessa significa que Deus enviaria um Salvador de linhagem humana, que derrotaria o diabo e libertaria a humanidade, mas sofreria grandemente no processo. 6. A maldição sobre a mulher multiplica as dores de parto e a maldição sobre o homem aumenta a futilidade e dificuldade de seu trabalho. Ação Descendente e Resolução 7. O homem dá a sua mulher o nome de Eva, mãe de todos os viventes. 8. O Senhor graciosamente providencia peles de animais como vestes para o homem e a mulher. Esse símbolo representa um tipo de Cristo no Antigo Testamento, prenunciando algum aspecto da pessoa ou obra que Jesus de Nazaré realizaria quando do seu aparecimento. Jesus é o contratipo (i.e., aquele para quem o tipo aponta e espera) de muitos dos objetos, cerimônias, episódios, pessoas e eventos dentro do Antigo Testamento. Verdadeiramente, Jesus de Nazaré é o tema da Bíblia (João 5:39-40; Lucas 24:27, 44-48).

42 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

A Queda Gênesis 3:22-24

5

Versículo Chave

Romanos 5:17 Se pela transgressão de um só a morte reinou por meio dele, muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo

Tema

A grande rebelião cria uma divisão entre Deus e a humanidade, e sujeita todas as coisas à morte.

Adão e Eva são banidos do Jardim

C r i aç ão e Q u e da • 43

Cenário

Jardim do Éden

• O Senhor • O homem e a mulher • Anjos – guardiões da Árvore da Vida

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. O Senhor determina impedir que a humanidade tenha acesso à árvore da vida para sempre. 2. Como o Senhor alertou, comer do fruto sujeitou o homem e toda a criação à morte.

Clímax 3. Deus bane os seres humanos do Jardim do Éden. 4. Ele os envia para fora de sua presença, para o leste.

Ação Descendente e Resolução 5. Ele coloca anjos de guarda, para impedi-los de voltar.

44 • P r ó logo : D o P r i nc í p i o à P l e n i t ud e do s t emp o s

Caim e Abel Gênesis 4:1-16

6

Versículo Chave

Gênesis 4:7 “Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo”.

Caimmata o irmão, Abel

C r i aç ão e Q u e da • 45

Tema

O Senhor julgará o pecado e a rebelião contra seu Reino, mas demonstrará misericórdia para com os pecadores.

Cenário

Os campos perto da casa de Adão e Eva

• Caim – primogênito de Adão e Eva • Abel – irmão mais novo de Caim • O Senhor

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. Os dois primeiros filhos de Adão e Eva são Caim e Abel. 2. Caim é um fazendeiro, enquanto Abel cria gados. Clímax 3. Uma vez, quando os dois trazem uma oferta ao Senhor, a oferta de Abel é aceita por Deus, enquanto a de Caim é rejeitada. 4. Em retaliação, Caim resolve assassinar Abel. 5. Caim convida seu irmão para o campo e o mata. Ação Descendente e Resolução 6. O Senhor confronta Caim e diz que ouve o sangue de Abel clamando da terra. 7. O Senhor bane Caim para vagar pela terra, mas coloca uma marca nele para que ninguém o mate.

46 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

O Dilúvio Gênesis 6-9

7

Versículo Chave

Gênesis 8:21 O Senhor sentiu o aroma agradável e disse a si mesmo: “Nunca mais amaldiçoarei a terra por causa do homem, pois o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância E nunca mais destruirei todos os seres vivos como fiz desta vez ”

O Senhor julgará o pecado e a rebelião contra seu Reino, mas pela sua graça, resgatará um remanescente da humanidade.

Tema

A Arca enfrenta o dilúvio

Cristo anunciado (ver nota na página 41) O Batismo do Senhor , p. 152

C r i aç ão e Q u e da • 47

Cenário

• A terra • A Arca • Monte Ararate

• O Senhor • Noé • A família de Noé

Personagens Principais

Noé envia uma pomba

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. A humanidade se torna tão má que Deus se arrepende de tê-la criado. 2. Ele decide inundar o mundo e limpá-lo. 3. Pela graça, ele escolhe Noé e sua família como os únicos sobreviventes. Clímax 4. Ele manda Noé construir uma embarcação (a arca), que abrigará sua família junto com dois de cada tipo de animal. 5. O Senhor inunda o mundo e todos os seres vivos morrem, exceto os que estão na arca. Ação Descendente e Resolução 6. Quando a chuva para, Noé envia uma pomba para ver se a terra está seca. Quando a pomba traz de volta um ramo de Oliveira, ele abre a arca. 7. Deus coloca seu arco no céu com a promessa de que nunca mais destruirá sua criação com um dilúvio.

48 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

Babel Gênesis 11:1-9

8

Versículo Chave

Gênesis 11:9 Por isso foi chamada Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mundo Dali o Senhor os espalhou por toda a terra

“Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus ”

C r i aç ão e Q u e da • 49

Tema

O Senhor julgará o pecado e a rebelião contra seu Reino, mas ele cumprirá os propósitos de seu reino no mundo.

Cenário

A Planície de Sinear

• Seres humanos • O Senhor

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. Toda a terra tem apenas uma língua. 2. Eles se juntam para construir uma cidade com uma torre que alcance os céus. Clímax 3. Deus olha para baixo e vê a torre que estavam construindo. 4. Ele decide confundir a língua que falam para que eles parem de construir a torre. Ação Descendente e Resolução 5. Sem conseguirem se comunicar, o povo desiste de construir a torre. 6. Os seres humanos são espalhados pela terra com diferentes línguas. O lugar é chamado Babel.

A Promessa e os Patriarcas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

52 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

O Chamado de Abrão Gênesis 12, 15

9

Versículo Chave

Gênesis 12:2-3 “Farei de você um grande povo, e o abençoarei Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados”

Gênesis 15:6 Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça

Deus faz uma aliança com Abraão

Cristo anunciado (ver nota na página 41) A Anunciação , p. 132

O chamado dos discípulos , p. 156

a P r ome S S a e o S P at r i a r C a S • 53

Tema

O Senhor faz uma promessa de aliança para trazer a bênção do seu Reino para toda a terra por meio da descendência de Abraão. • Harã – a cidade onde a família de Abrão havia se estabelecido • Canaã – a terra que Deus promete dar a Abraão

Cenário

• O Senhor • Abraão (chamado Abrão nessas histórias)

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. O Senhor vem a Abrão e o chama para deixar a sua casa e ir para uma nova terra. 2. Ele promete fazer dele uma grande nação, para abençoá-lo e através dele abençoar todo o mundo. Clímax 3. Abrão obedece ao Senhor. Ele deixa Harã com sua esposa Sarai e seu sobrinho Ló, e segue para Canaã. 4. O Senhor confirma sua promessa a Abrão, dizendo-lhe que seus descendentes serão tão numerosos como as estrelas do céu. 5. Abrão crê no Senhor e isso lhe é creditado como justiça.

Ação Descendente e Resolução 6. O Senhor faz uma aliança com Abrão para dar a terra de Canaã a seus descendentes.

54 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

Melquisedeque Gênesis 14:17-24

10

Versículo Chave

Gênesis 14:19-20 e abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos” E Abrão lhe deu o dízimo de tudo

Melquisedeque abençoa Abraão

Cristo anunciado (ver nota na página 41) A ascensão de Cristo , p. 226

a P r ome S S a e o S P at r i a r C a S • 55

Tema

O Senhor designará um rei e um sacerdote para abençoar a descendência de Abraão.

Cenário

O Vale do Rei, em Canaã

• Abrão • Melquisedeque – rei de Salém (Jerusalém) na terra de Canaã

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. Abrão havia liderado uma campanha militar para resgatar Ló de um grupo de cinco reis que havia conquistado Sodoma. 2. Depois da vitória, Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Senhor, traz provisões para as forças de Abrão.

Clímax 3. Melquisedeque abençoa a Abrão no nome de Deus.

Ação Descendente e Resolução 4. Abrão dá a Melquisedeque a décima parte de todos os seus bens.

56 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

Sodoma and Gomorra Gênesis 19

11

Versículo Chave

Gênesis 19:15 Ao raiar do dia, os anjos insistiam com Ló, dizendo: “Depressa! Leve daqui sua mulher e suas duas filhas, ou vocês também serão mortos quando a cidade for castigada”

Ló deixa Sodoma com sua família

Cristo anunciado (ver nota na página 41) O Ministério de João Batista , p. 136

A P r ome s s a e o s P at r i a r c a s • 57

Tema

O Senhor julgará o pecado e a rebelião contra seu Reino, mas ele se mostrará fiel à aliança para libertar seu povo.

Cenário

• Sodoma e Gomorra – duas cidades ímpias • Zoar – a cidade para onde Ló foge com sua família

• Dois anjos • Ló

Personagens Principais

• Mulher e filhas de Ló • O homem de Sodoma

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. O Senhor envia dois anjos para ver a maldade de Sodoma. 2. Ló convida os anjos para sua casa para protegê-los dos ímpios da cidade. Clímax 3. Por causa do amor de Deus por Abraão, os anjos avisam a Ló da destruição iminente e insistem que ele fuja da cidade com sua família. 4. Ló pega sua esposa e filhas e foge de Sodoma. Ação Descendente e Resolução 5. Enquanto os anjos estão destruindo Sodoma e Gomorra, a esposa de Ló olha para trás e é transformada em uma coluna de sal. 6. Sodoma e Gomorra são completamente destruídas.

58 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

Deus testa a Abraão Gênesis 22:1-19

12

Versículo Chave

Gênesis 22.2 Então disse Deus: “Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei”

Abraão se prepara para sacrificar Isaque

Cristo anunciado (ver nota na página 41) A Crucificação: Jesus carrega sua Cruz , p. 202

A P r ome s s a e o s P at r i a r c a s • 59

Tema

O Senhor livrará seu povo e todos os povos do pecado e da morte ao prover um substituto para o sacrifício.

Cenário

A região de Moriá (e a Estrada para Moriá)

• O Senhor • Abraão • Isaque • O Anjo do Senhor

Personagens Principais

Enredo

Introdução e Ação Crescente 1. O Senhor chama Abraão e pede que ele sacrifique seu filho prometido, Isaque. 2. Abraão prepara todos os suprimentos para o sacrifício e parte com Isaque e dois servos. 3. Abraão e Isaque deixam os servos e partem para o monte, sozinhos, para o sacrifício. 4. Enquanto eles andam, Isaque percebe que eles não trouxeram o animal para o sacrifício. Clímax 5. Em obediência ao Senhor, Abraão se prepara para sacrificar Isaque, pegando a faca em sua mão para matar o menino. 6. O Anjo do Senhor intervém e diz a Abraão para não matar Isaque. Chute de l’action et la résolution 7. Por causa da disposição de Abraão em sacrificar seu filho, o Senhor confirma que ele certamente irá cumprir sua promessa de abençoar a Abraão e fazer dele uma grande nação.

60 • P r ó logo : d o P r i nC í P i o à P l e n i t ud e do S t emP o S

José Gênesis 37, 45

13

Versículo Chave

Gênesis 50:20 Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos

O Senhor levantará um libertador, que será rejeitado pelo seu povo, mas que o salvará da morte.

Tema

Cenário

• A casa de Jacó • O campo perto de Siquém • Egito

Os irmãos de José o jogam em um poço e o vendem como escravo

Cristo anunciado (ver nota na página 41) A Paixão: Oração no Jardim , p. 196

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